quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

VIDA MINHA
(Vivaldo Bernardes)

Como a água de fonte cristalina,
insípida, inodora e incolor,
minha vida, sem nada que a defina,
não tem cor, não tem cheiro nem sabor.

Entretanto, pareço exagerar,
pois me restam ainda os versos meus,
e só eles me levam a te amar;
e só eles sustentam os dias teus.

Vida minha! Sem eles morrerei;
e com eles, o eterno viverei,
té que tu te extingas de uma vez.

Minha vida! Eu te quero como és,
firmando-me em ti com mãos e pés,
enquanto tu me deres lucidez.


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