VELHOS MUROS DE PEDRA
(Vivaldo Bernardes)
Muros velhos de grandes pedras nuas,
onde os calangos moram, quentam sol,
olham e cumprimentam o arrebol
e fogem dos guris sujos das ruas!
Ah, Muros seculares, silenciosos!
Sois do progresso a antítese perfeita,
a quietude,a mudez que me deleita
e a lembrança de anos venturosos!
Serpenteais por chácaras antigas,
despertando as saudades mais amigas,
das intrigas e queixas que ouvistes.
E na eterna e profunda letargia,
conservais minha doce nostalgia,
entre as indiferentes pedras tristes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário