quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

DA JANELA
(Vivaldo Bernardes)
Eras só pela rua já deserta.
Fundos sulcos os teus pés te ofendiam.
Da janela,que estava entreaberta,
via-te linda que meus olhos podiam.

Ah, se me lembro! como hoje fosse!
Tu olhaste para trás e me sorriste
e eu te dei um sorriso, o mais doce,
leve aceno de mão me dirigiste.

Tempo passa,faz isso sessent'anos.
Pela vida fomos de braços dados,
com alegrias e muitos desenganos.

Já te foste ao sulco mais profundo.
Desprenderam-se os laços bem atados.
Apagou-se a chama do meu mundo!

Planaltina-DF,26/09/2002


 

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