quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

RESTOS...(da vida)
(Vivaldo Bernardes)

Extratando de mim o que sobrou,
sopesando o restante persistente.
verifico que a dor me machucou
e a saudade na alma é resistente.

Os lampejos de humor que eu sustento,
são fugazes, velozes, fugitivos,
só fingidos, levados pelo vento,
e não chegam sequer ser lenitivos.

No andar a bengala é instrumento,
ao dormir tomo doses bem soníferas.
Recordar é rotina e sofrimento.

São os restos,são cinzas derradeiras
do vulcão, são as lavas caloríferas
que me queimam de dores empreiteiras.

Planaltina-DF,19/06/2002


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