(Vivaldo Bernardes)
Extratando de mim o que sobrou,
sopesando o restante persistente.
verifico que a dor me machucou
e a saudade na alma é resistente.
Os lampejos de humor que eu sustento,
são fugazes, velozes, fugitivos,
só fingidos, levados pelo vento,
e não chegam sequer ser lenitivos.
No andar a bengala é instrumento,
ao dormir tomo doses bem soníferas.
Recordar é rotina e sofrimento.
São os restos,são cinzas derradeiras
do vulcão, são as lavas caloríferas
que me queimam de dores empreiteiras.
Planaltina-DF,19/06/2002
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