segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

MOCIDADE
(Vivaldo Bernardes)
Que dor é esta que persiste assim
em mostrar-me as derrotas e vitórias,
soluços e delícias transitórias,
de um tempo que, vai longe, teve fim?

Que lembranças são estas que me trazem,
teimosas, quedas que tento esquecer,
fingindo que não me fazem sofrer,
pois no fundo do tempo é que jazem?

E os perfumes de dias inda meninos
que eu aspirava co' a alma cheia de hinos,
onde estarão, se as flores já murcharam?

Hoje, que já morreu a mocidade,
guardo as cinzas na urna da saudade
mais chorada que os olhos meus choraram.

Planaltina-DF,15/07/1997

Nenhum comentário:

Postar um comentário