quarta-feira, 25 de julho de 2012

PENSAMENTO DO DIA:
Em se tratando de beleza, não há outra que supere a da mulher bonita
Boa-Noite!

ENFADO
(Vivaldo Bernardes)
Os anos se sucedem e são todos iguais,
exceto o calendário, o resto se repete,
costumes que vieram, herança de ancestrais,
a obrigar o Homem a ser marionete.

Fantoches se revezam e os tempos se escoam,
levando nossa alma a planos irreais,
de fúteis fantasias e sons que só ecoam
no Homem iludido em festas triviais.

O mundo se resumo em vã filosofia,
mentiras descabidas e escrúpulos farisaicos,
veneno colorido envolto em ironia.

Declaro o meu enfado e minha antipatia
por tudo o que foi dito e pelo meu viver,
e desafio a quem me queira desdizer.

Planaltina-DF, 27/11/2006

quarta-feira, 18 de julho de 2012

PENSAMENTO DO DIA:
Uma pitada de ciúme condimenta o Amor.
Boa-tarde!

CULPA
(Vivaldo Bernardes)

- à Maria -

Culpado eu me confesso, e quero ter-te assim,
de modo extravagante e quase escandaloso,
banindo preconceito... amor de botequim,
ou de qualquer lugar... ardor pecaminoso.

Assumo, ao me culpar, metade - e só metade –
do que nos sucedeu, pois éramos um par,
sentado, descuidado, a beber em um bar,
sedento de prazer, culpado em igualdade.

Depois... muito depois, co’a mente conturbada,
mostraste-me teu corpo e ele todo eu vi,
soberbo e sedutor qual a flora eriçada.

Num átimo abracei teu corpo, alucinado,
deixando-me tomar por alto frenesi,
e tudo se acabou num ato tresloucado.

Planaltina-DF, março/2005

segunda-feira, 9 de julho de 2012

PENSAMENTO DO DIA:
Há certas crenças que pregam a fé em Deus, criador de Adão, mas adoram o deus Cifrão.
Bom-dia!


PERGUNTAS A UM POETA
(Vivaldo Bernardes)
Por que teu incontido estado de ansiedade,
na busca do soneto único, é inimitável?
Não vês que a mesa é farta e o pão inesgotável?
Não sabes que o tempo é toda a eternidade?

Cantando a vida, vê-a a teu modo de vê-la,
e pensa logo, pois, que a tua sina é esta:
eterno sonhador, a mente sã e lesta,
navegas desta Terra à mais distante estrela.

Não penses nunca o fim: aceita o teu tormento.
Se disserem morar nas nuvens o teu leito,
de lá perto estarás da deusa Cor de Prata.

Vai e volta, viajor!.. a vasculhar o vento,
que a ti trará do sol o soneto perfeito,
saciando de uma vez essa ânsia que maltrata.

Uberaba-MG, abril/1996

sexta-feira, 6 de julho de 2012

PENSAMENTO DO DIA:
Na guerra da Vida, o coração é preso e torturado pelos grilhões do Amor.
Boa-tarde!


INTIMIDADES SAUDOSAS
(Vivaldo Bernardes) 
TERESINHA no mundo era o teu nome,
TERESINHA com S e sem H.
Foste simples até no teu prenome,
Eras SINHA no ir e vir de lá.

Para mim, e que fique entre nós,
continuas a ser a minha “DI”.
Eu te chamo, escuta a minha voz!
vem dançar comigo o sarandi.

Eu bem sei, tu te lembras bem lembrada
d’outro nome com que eu te chamava:
NINONA também eras alcunhada.

Quanto ao meu, me acenavas de NINÃO,
e o amor entre nós se derramava
antes que desabasse o furacão.
 
Planaltina-DF, 29/06/2002

quarta-feira, 4 de julho de 2012

PENSAMENTO DO DIA:
O futuro é imprevisível: o nosso Amor pode voltar num tênue e longínquo talvez.
Boa-noite!

APATIA
(Vivaldo Bernardes)
A minha Palmeira murchou, secou, morreu.
O seu sabiá não tem mais onde pousar!
Lá, o canto das aves se emudeceu.
Sem a Palmeira, onde irão elas cantar?

Quem sofre com isso é o meu coração
que já não ouve mais o farfalhar das folhas
perdidas nos ventos quais bolhas de sabão,
vazias de amor, por mais que eu as escolha.

Morta a Palmeira com ela também morreu
o último sonho que eu tive na vida,
última ilusão que meu coração sofreu

pois que nele injetaste a atrofia,
a indiferença por esta vida sofrida,
lançada por ti na fossa da apatia.

Planaltina-DF, 25-07-11

segunda-feira, 2 de julho de 2012

PENSAMENTO DO DIA:
Dividi minha vida em duas partes: uma é a minha; outra,  a tua.
Boa-noite!


SAUDADE
(Vivaldo Bernardes)
 
Se o teu coração sentisse
o que eu sinto por ti
e um beijo me pedisses
eu teria o que perdi.

Ainda guardo comigo
o retrato que me deste,
amarelado e antigo
como uma flor campestre.

Só Deus sabe o tamanho
desta imensa saudade
dos nossos dias de antanho,
antes da fatalidade.

Tua ausência me esmaga!
O teu nome permanece
como o fogo que aquece
e o tempo não apaga...

Perdi o teu endereço!
Se achas que o mereço
volta a mim e mo traz
se isto inda te apraz.

 Planaltina-DF, 14-07-11