RESTOS
(Vivaldo Bernardes)
Á Teresinha
De tudo o que sobrou após a tempestade,
dos restos que ficaram em sonhos destruídos,
restou a me matar meu verso de saudade
de tudo o que ficou dos velhos tempos idos.
Pudesses tu voltar ao menos por um dia...
e me levar contigo ao páramo celeste
trazendo-me de volta a cumprir porfia,
feliz eu sanaria a dor que me impuseste.
Se ainda queres ver o corpo que me serve,
procura-o no chão e o encontrarás na rua,
desanimado e tonto e sem a antiga verve.
Saudade o transformou no que verás então
igual ao cão vadio,uivando para lua
o próprio desalento,a própria solidão...
Planaltina-DF,04/08/2005
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