quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O TEMPO E AS CICATRIZES
(Vivaldo Bernardes)

Por mais ensolarados sejam os nossos dias,
por mais escurecidos os nossos cabelos,
o Tempo tudo muda em noites tardias
quando os nossos amores viram pesadelos.

Isto me faz pensar nos fantasiosos sonhos
alimentados por maliciosas promessas
ao singular amor que pensei fosse inconho,
origem desta dor que não há quem a meça.

Minha esperança é que o Tempo cure
as feridas que na minh'alma tu deixaste,
conquanto eu duvide que eu inda dure

até que meu Tempo as feridas sare,
embora a cicatriz jamais se desgaste,
implorando ao Tempo que nunca nos separe!

Planaltina-DF, 02/09/2011

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