quarta-feira, 14 de setembro de 2011

MOMENTOS
(Vivaldo Bernardes)

Há momentos fugazes quanto é o vento:
Passam e, de repente, se diluem no ar.
Mas há os pertinazes de efeito lento,
tão saudosos são que nos fazem suspirar.

Destes últimos, um me agarrou a memória
de maneira tão insistente e inapagável
que já não sei o que faço dessa história
de um amor perdido no tempo irretrarável.

Pu-lo num dos pratos da balança e noutro
a minha consciência, e o seu ponteiro
indicou-me tolerância, pois virá outro
momento de amor puro e verdadeiro.

Porém, a profecia não me livra do inferno,
deste momento que pensei que fosse eterno,
mas meu sol se apagou...tudo se resumiu
nesta dor que só meu coração já sentiu.

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