INCERTEZA
(Vivaldo Bernardes)
Incerta e sem um norte que a oriente
caminha está minh'alma solitária,
habitando este corpo decadente
na reta já final da funerária
Meus versos bem definem a incerteza
e tingem de escuro o meu porvir
guiados pela lei da natureza
e inútil é querer deles fugir.
Entanto o desejo permanece
e mostro-lhe o meu corpo envelhecido,
mas ele,com vigor,não esmorece.
Acato ser o amor imorredouro
na luta entre a mente e o desejo,
e voto no segundo sem desdouro.
E hei de assim viver do infinito
dando graças por ter este almejo
e de amor mil palavras ter escrito.
Planaltina- DF, 31/07/2005
Nenhum comentário:
Postar um comentário