(Vivaldo Bernardes)
Houve um tempo... ah, saudade eu sinto dos anos
em que volte à minha alegre primavera
quando ainda não conhecia os desenganos
que jamais pensei me machucassem à vera.
Anos dourados... quando o mundo era nosso,
quando éramos um do outro... Você e eu,
eu e Você a sós, beijando o que não posso
esquecer, que seus lábios, um dia, foram meus!
Houve um tempo em que tive um mundo sem igual:
tinha eu comigo a varinha de condão
que fazia nosso lar um castelo de cristal
refletindo nas paredes a cor do amor,
amor de cada dia, como era o nosso pão,
mais e mais aquecido e crescido d’ardor.
A quem já teve o seu mundo nas suas mãos,
como eu já fui senhor da sua afeição,
é cruel perder sua varinha de condão...
Planaltina-DF, 02/05/2009
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