quarta-feira, 28 de setembro de 2011

REFLEXÕES
(Vivaldo Bernardes)

Minha noite é infinda e não vejo o nascente;
as estrelas se foram e meu céu é escuro;
não distingo alvorada e confundo o poente,
o presente enfadonho e o futuro inseguro.

Vivo só por  viver: não aspiro a mais nada.
O ontem acabou, o porvir me assombra,
embora considere a vida inacabada,
pois resta-me de amor ainda leve sombra

Entanto inda cultivo amores extremados
e não terei jamais na vida outros iguais
a esses que já tive e foram sepultados.

Na idade que já tenho é justo que eu reflita 
no fim destes meus dias que acho são fatais 
a mim humano ser que esta Terra habita.

Planaltina-DF,10/09/2005

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