sábado, 30 de julho de 2011

ESTE CORPO MEU
(Vivaldo Bernardes)


Ah! Corpo meu! De auroras e poentes!
Quando voltei, não eras nem menino,
e ainda no ventre, tinhas o meu tino
para cumprir os planos mais ardentes.

Corpo meu! que nasceste para as provas,
companheiro, buril de aço fino,
ainda tens que cumprir o teu destino
té que eu me vá, trilhando estradas novas.

Eu sei dos teus desgastes, do cansaço,
pois és matéria densa, putrescível,
mas peço, vem comigo mais um passo.

E quando eu te deixar na campa fria,
levarei no meu imo, imperecível,
tua imagem... saudade... nostalgia...

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