segunda-feira, 11 de julho de 2011

O HOMEM É A PALAVRA
(Vivaldo Bernardes)

É impressionante o pálido valor que atribuímos à nossa excepcional faculdade de comunicação pelo som articulado.
Habituados a ela desde o nossa tenra idade, usámo-la naturalmente, espontaneamente sem , nem de leve, percebemos a grandiosidade do simples impulso vocabular.
A potência de uma só palavra pode resultar efeitos incalculáveis, desde os ingênitos diálogos familiares, despreocupados, na lide quotidiana aos inflamados discursos de oratória contundente que definem, em assembleias internacionais, o destino do próprio planeta.
Assim, o fonema emitido pelo Homem reproduz ou - melhor dizendo - deve reproduzir o autêntico íntimo do falante, de que deduzimos que o Homem é a palavra.
Conhecer um Homem é ouvi-lo, embora esse princípio não se estenda indiscriminadamente a nós, humanos, que, como tal, menosprezamos a honra de podermos usar a palavra.

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