(Vivaldo Bernardes)
O livro que revejo, velho e gasto,
cansado de passar de mão em mão,
e às e aos cupins servir de pasto,
deu-me, na vida, a primeira lição.
Nada te dei por tudo o que me deste,
velho Amigo, já roto e amarelado.
Fui-te ingrato, por mim tudo fizeste
e eu te esqueci nas lutas do passado.
Hoje, também roído de saudade,
virando estas páginas queridas,
recomponho-te livre dos insetos.
E, como outrora, pleno de Verdade
ensinarás a vida a outras Vidas,
darás lição, agora, aos meus netos.
Planaltina-DF, 21/07/2011
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