segunda-feira, 1 de agosto de 2011

PÁGINA VIRADA
(Vivaldo Bernardes)

Debato-me com meu terrível baixo-astral,
vivendo este inferno em que tu me lançaste
sorrindo-me assim de um jeito banal,
distante e alheia como a um mero traste.

Por isso, tudo ficou somente em saudade,
saudade que me rói, desgosto que me mata
sentindo o nosso fim depois dessa verdade
que nada já me diz senão que és ingrata.

Depois do que te dei, jamais pensando em preço,
deduzo que assim me vendeste o teu brio
e o teu fingido amor tem novo endereço.

Mataste o meu amor com a tua punhalada,
pois ele se acabou ficando o seu vazio,
passando como passa a página virada

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