sexta-feira, 29 de julho de 2011

ESTE CORPO MEU – II
(Vivaldo Bernardes)
Depois de tantas décadas comigo,
sempre atento e submisso aos meus desejos,
começas a sentir, ó corpo amigo!
o desgaste dos anos e os arquejos!

Mãos amigas as tuas mãos apertaram!
teus olhos contemplaram os oceanos!
teus pés longas veredas já andaram,
entre flores azuis ou desenganos.

Foste e és minha escora e instrumento
na busca incessante do Caminho,
na procura do bem que traz alento.

Mas, se do que procuro nada achei,
confesso nesta culpa estar sozinho,
porque de procurar eu nada sei...

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