(Vivaldo Bernardes)
Feliz é o beija-flor
que voa e vive beijando
e não sente esta dor
que eu venho suportando:
este desejo ardente
que me consome aos poucos
e me esmaga a mente
com o peso dos mais loucos
instintos próprios do homem
que não se julga eunuco
mesmo que assim o tomem
os velhos e já caducos,
indiferentes e infensos
aos mais ardorosos beijos
quais aqueles mui intensos
excitantes dos desejos.
Contudo, eu vivo preso,
pois não sou um beija-flor
que sufoca o seu desejo
mas não sou santo de andor.
Tenho cá muitos defeitos,
entre eles o maior
é chorar planos desfeitos
depois de tanto suor.
Planaltina-DF, 15-07-11
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