ÚLTIMA INSTÂNCIA
(conto sintético)
Vivaldo Bernardes
Madrugada!
Os grilos cricrilam lá fora.
Reviro-me na cama.
Penso em ti.Só em ti.
As horas se adiantam.
Acendo o abajur.
São três horas.
Levanto-me e caminho pelo quarto.
Relembro os nossos encontros.
Silêncio!...Todos dormem,menos eu.
Fustigas-me a mente.
Choro de saudade do teu corpo.
Sou demente.
Se venho,vens.
Se vou,vais.
Não me deixas um instante!
Eu sou tu,já não sou eu mais.
São estes os meus últimos versos.
Não suporto mais a tua ausência.
Abro a gaveta e reluto com a ideia.Olho-o.
E' de bom calibre.
Adeus.
Planaltina-DF,22/07/2006
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