domingo, 9 de outubro de 2011

FOLHA AO VENTO
(Vivaldo Bernardes)
Tal qual a folha seca já caída,
levada pelo vento a arrastá-la,
rasteja a minh’alma, combalida,
em busca só de ti a consolá-la.

Os ventos de inverno me fustigam,
não sei para que lado hei de ir:
se vivo, meus desejos me instigam;
se morro, do inferno vou sair.

E tu, disto sabendo, não te importa
o meu estado d’alma de indigente,
tornando-te a mim indiferente?

Vem! pois meu coração já não suporta
pulsar assim, por ti, inutilmente,
bater assim, descompassadamente.

Planaltina-DF, 17/08/2006

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