sexta-feira, 7 de outubro de 2011

PÁRA, CORAÇÃO!
(Vivaldo Bernardes)
Já não suporto mais o teu pulsar constante,
e não tolero mais a tua pertinácia;
na vida toda não paraste um só instante;
em toda tua vida exibiste eficácia.

Descansa, coração! que eu não te aguento mais.
Amores já tiveste, a quem pulsar assim,
mas eles se acabaram e eu não terei jamais
alguém que te sustente até chegar meu fim.

Se pulsas por alguém, dize-me por favor,
pois desconheço quem mereça tanto ardor
que guardas em silêncio aqui no peito meu.

Presumo serem dois os amores escondidos:
um, a boemia já dos velhos tempos idos;
talvez o amor que chegou ao apogeu.

Planaltina-DF, 23/08/2005

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