segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O VENENO E O REMÉDIO
(Vivaldo Bernardes)

Por mais estranho que pareça ser,tu és
o meu veneno que me mata de saudade
dos nossos momentos de extrema ansiedade
quando eu te adorava da cabeça aos pés.

Mas se de saudade,aos poucos,tu me matas,
tomo,de revés,o remédio que me salva,
suportando dos anos as muitas chibatas,
ciente de chegar contigo à Estrela-d'Alva.

Pois é,Amiga,tu és,simultaneamente,
na vida,o meu veneno e meu remédio
que me mata e me cura neste infindo tédio.

Por isso eu te imploro, veementemente,
que continues me matando e me curando
do cheiro do miasma que venho respirando.

Planaltina-DF,23/10/11

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