terça-feira, 11 de outubro de 2011

AMAR-TE
(Vivaldo Bernardes)

Já disse muitas vezes e repito:
amar-te é o meu destino imutável
e dele desviar-me não cogito,
pois acho esse amor irrevogável.

Amar-te eu sempre amei e tu bem sabes;
amar-te sempre,é o meu fanal,
a menos que de velha tu te acabes
ou eu de velho morra,afinal.

Porém,não é a morte que apaga
tão grande chama com tão grande ardor,
ficando entre as cinzas o amor.

Amor não é o vento que desbraga
as cinzas que ficarem sobre as brasas
do fogo com o qual tu me abrasas.

Planaltina-DF,05/03/2006


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