quarta-feira, 3 de agosto de 2011

TÉDIO
(Vivaldo Bernardes)

Tédio eu tenho da vida inteiramente,
do mesquinho desejo aos mais nobres
nada sinto, pois sou indiferente,
desde os grandes aos miseráveis pobres.

A minh’alma não vibra por mais nada,
tudo igual, a rotina é imutável,
sem sentido, se vê abandonada
e o futuro será hoje estagnável.


Não quisera que a vida fosse assim,
eu a via toda azul e de prazeres,
mas o Fado maltrata o meu fim.

Minha vida tornou-se mui sombria,
dela eu disse e não tenho mais dizeres.
Sou escravo sem carta de alforria.


Planaltina-DF, 05/09/2002

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