terça-feira, 2 de agosto de 2011

TEU RETRATO
(Vivaldo Bernardes)

Até quando olharás os olhos meus,
imóvel como estátua no retrato
que guardo pra lembrar os jeitos teus
que por eles por pouco não me mato?

Por pouco eu não morro de saudade
dos tempos de mocinha que tu eras,
do dia em que fizemos amizade
aos anos de felizes primaveras.


Depois partiste, foste para o chão
e eu fiquei como se fosse em alto-mar
sem bússola, nem mesmo um timão.

Navego esse destino muito ingrato,
no tempo em que Deus determinar,
beijando com saudade o teu retrato.

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