segunda-feira, 23 de abril de 2012


DIÁRIO DE UM LOUCO
(Vivaldo Bernardes)
Meu Deus!... Será loucura isto que me traz
a mente indecisa entre o sim e o não,
das horas de vigília aos dias de abstração,
quando tudo na vida me é fugaz?

“Já não penso o que sempre pensei ser”
- falo comigo. Nada mais me importa!
Quero sair do caos por outro porta,
aquela que me leve a esquecer

a serpente que me enrolou a sorte,
injetando-me nas veias a peçonha,
tornando-me a vida enfadonha,

o que - penso eu - me trará a morte
em doses qu’eu tomo pouco a pouco,
como costuma ser o fim dum louco.

Planaltina-DF, 30/05/2011

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