CORAGEM
(Vivaldo Bernardes)
Neste fundo covil de serpes peçonhentas
é inevitável qua a dor se manifeste
quando o sol se põe nestas noites ferrugentas
e o tempo traz o farfalhar do cipreste
cada vez mais perto do glorioso dia,
último dia da catastrófica Esfera
deste primitivo mundo chamado Terra
em que, no velho tronco, a coruja pia.
Nesta rotina a nossa vida se esvai
ouvindo cada noite o mesmo piado
até que o tronco apodrece e cai
e outra vida nos terá começado
vivendo na Natura em nova paragem,
agora conhecendo o que é coragem!
Planaltina-DF, 29-03-2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário