segunda-feira, 9 de janeiro de 2012


XV

Eu sinto tão longe os momentos vividos.
Em sonhos te vejo e eu, já bem velhustro,
ausente de mim por intérmino lustro,
entendo que os males tivemos vencidos.

Não foi culpa tua que minh’alma  feriste.
Meu lar se acabou quando tu te calaste,
partindo da hora em que tu te mudaste
e tudo passou e a imagem inda existe.

Explana bem claro este amor de nós dois,
o que conseguimos com dor ou prazer,
com planos diários, sonhando depois.

De anseios forjados na mente sabidos,
guiando os caminhos do nosso viver,
quarenta e seis anos vivemos unidos.


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