segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O RIO E O MAR
(Vivaldo Bernardes)
A um rio caudaloso a desaguar no mar,
cotejo o meu coração a derramar na alma
esta infinda conjugação do verbo amar,
esta lembrança ladra que me rouba a calma

afogando a memória nas salobras águas
dum romance que se niilificou no tempo,
sepiando a alma de dolorosa mágoa,
mágoa por não ver realizado o seu intento:

Planos sufocados pela enchente pluvial;
desejos desfeitos pelas ondas do mar;
alma ferida por estrondoso caudal.

Mas, o coração prossegue inundando a alma
das letras com que se escreve o verbo amar,
até que o rio seque e à alma volte a calma.

Planaltina-DF,14/01/12

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