VERSOS
ALEXANDRINOS
(Vivaldo
Bernardes)
Não
vou discriminar tampouco esquecer
os
filhos “mais pequenos”, encanto do poeta,
os
que nasceram só duma sílaba única,
somente
uma gotinha em cada um dos versos.
Um
pinguinho de mel que faz umedecerem
os
olhos do leitor na sílaba discreta,
assim
como se fosse uma linguagem rúnica,
trazendo,
no total, sentidos mais diversos.
Porém,
grande distância existe entre essa joia
e
a arte que se vê no verso Alexandrino,
feitura
do prazer de branda paranoia
que
torna o seu aedo em exímio maestro
autor
das doze notas escritas no seu hino,
de
modo tão constante a se fazer um sestro.
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