segunda-feira, 11 de junho de 2012


O MEU IDIOMA
(Vivaldo Bernardes)


ao poeta-maior, Olavo Bilac

Já foste inculta sem deixares de ser bela!
Hoje tu esplendes o fulgor da cultura.
Se vieste da ganga, és a prata pura,,
se hoje és farol, já foste a luz de vela.

Amo-te assim com clareza e sem censura,
o teu timbre de bravura ou suave brandura,
quando ruges qual leão ou bales qual gazela,
ornando teu vigor com tinta de aquarela.

Amo o teu poder vindo da antiga Roma,
a Língua de Bilac no seu “Remorso” amargo,
chorando o que perdeu com as suas palomas,

da qual a minha mãe usou o estribilho
mil vezes a dizer com um sorriso largo:
“Oh! meu filho querido! Oh! meu querido filho!”

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