sexta-feira, 22 de junho de 2012


NAQUELE TEMPO
(Vivaldo Bernardes)
À Teresinha, minha eterna Musa

Foi naquele tempo, há quase setent’anos,
era mês de maio, mês da minha profecia.
O dia... não me lembro se era noite ou dia...
Mais certo à tardinha, salvo se me engano.

A rua cochilava... Só tu e mais ninguém.
Só eu à janela... Eu vi com estes olhos
aquele teu sorriso que me fez refém
da tua espontânea afeição, sem antolhos!

Ah, se me lembro!... Foi aquele teu sorriso,
o primeiro dos mil com que tu me encantaste,
como aos nossos filhos, no nosso paraíso...

O tempo passou..., teus sorrisos se acabaram...
tudo mudou, exceto tudo o que deixaste,
pois teu nome e tua imagem jamais se apagaram.

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