quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O NOVELO
(Vivaldo Bernardes)


Se vires na gaveta entre os teus esquecidos
o famoso "NOVELO"enrodilhado e tonto ,
deixa-o lá , que a aranha agradece o fio pronto
e tecerá com ele os ninhos bem urdidos.

Mas, se abrires o livro antigo e desgastado,
sacrário da Palavra e da sabedoria,
lerás, com emoção e prazer, a Poesia
pura, sem espirais nem aranhol armado.

Não verás régua-tê, retângulos e cubos,
tampouco algum desenho ou pedaço de tubos
no poema que é arte, é palavra-emoção.

Venera o "alexandrino", o verso grave e a rima;
cultua  a inteligência  e o metro que a arrima,
ama o ritmo do poema,ama sem dimensão.

Planaltina-DF,30/06/97

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