quarta-feira, 25 de julho de 2012


ENFADO
(Vivaldo Bernardes)
Os anos se sucedem e são todos iguais,
exceto o calendário, o resto se repete,
costumes que vieram, herança de ancestrais,
a obrigar o Homem a ser marionete.

Fantoches se revezam e os tempos se escoam,
levando nossa alma a planos irreais,
de fúteis fantasias e sons que só ecoam
no Homem iludido em festas triviais.

O mundo se resumo em vã filosofia,
mentiras descabidas e escrúpulos farisaicos,
veneno colorido envolto em ironia.

Declaro o meu enfado e minha antipatia
por tudo o que foi dito e pelo meu viver,
e desafio a quem me queira desdizer.

Planaltina-DF, 27/11/2006

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