quarta-feira, 4 de julho de 2012


APATIA
(Vivaldo Bernardes)
A minha Palmeira murchou, secou, morreu.
O seu sabiá não tem mais onde pousar!
Lá, o canto das aves se emudeceu.
Sem a Palmeira, onde irão elas cantar?

Quem sofre com isso é o meu coração
que já não ouve mais o farfalhar das folhas
perdidas nos ventos quais bolhas de sabão,
vazias de amor, por mais que eu as escolha.

Morta a Palmeira com ela também morreu
o último sonho que eu tive na vida,
última ilusão que meu coração sofreu

pois que nele injetaste a atrofia,
a indiferença por esta vida sofrida,
lançada por ti na fossa da apatia.

Planaltina-DF, 25-07-11

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