quarta-feira, 18 de julho de 2012


CULPA
(Vivaldo Bernardes)

- à Maria -

Culpado eu me confesso, e quero ter-te assim,
de modo extravagante e quase escandaloso,
banindo preconceito... amor de botequim,
ou de qualquer lugar... ardor pecaminoso.

Assumo, ao me culpar, metade - e só metade –
do que nos sucedeu, pois éramos um par,
sentado, descuidado, a beber em um bar,
sedento de prazer, culpado em igualdade.

Depois... muito depois, co’a mente conturbada,
mostraste-me teu corpo e ele todo eu vi,
soberbo e sedutor qual a flora eriçada.

Num átimo abracei teu corpo, alucinado,
deixando-me tomar por alto frenesi,
e tudo se acabou num ato tresloucado.

Planaltina-DF, março/2005

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