segunda-feira, 5 de março de 2012

VAZIO
(Vivaldo Bernardes)
O vazio que deixaste em meu ser
não se calcula; é imensurável.
Meus olhos já não podem mais te ver,
e assim vejo a vida intolerável.

Os anos que passamos, deleitosos,
foram embora, não há como trazê-los.
Enquanto curto tempos espinhosos,
és etérea e não ouves meus apelos.

Mas como sou mortal aqui na Terra
e dela me livrar ao certo espero,
aguarda-me no espaço que te encerra.

E até qu' eu me desprenda do combate
continuo no viver duro e severo,
lamentando a ausência que me abate.


Planaltina-DF,05/03/12

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