AMOR DE VELHO
(Vivaldo Bernardes)
O amor puro e casto que o velho alimenta
na idade terceira, no fim do caminho,
é fruto maduro, resplende carinho,
despido de arroubos que o jovem ostenta.
Sublime e tranquilo é amor verdadeiro,
não trama vingança tampouco a intriga,
o amor é constante e não teme fatiga,
é preso de afeto sem ser prisioneiro.
Provindo da alma, não é compelido,
mas livre e espontâneo, não tem hora certa
nem sente o ciúme que é repelido.
Assim vive o velho que o amor sempre oferta
nos últimos anos e já combalido,
de tudo se esquece e do amor não deserta.
Planaltina-DF, 26/06/2004
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