TOLERÂNCIA
(Vivaldo Bernardes)
Cá do alto dos meus oitenta e um
eu contemplo o passado já distante
e reflito se a trabalho algum
não pudera entregar-me mais constante.
Passam os anos e o tempo se prolonga,
noite e dia, dia e noite no infinito.
Nada muda na vida que se alonga,
na rotina me canso e me agito.
Entretanto, no extremo eu já me acho,
ingerindo tamanha insipidez
que por pouco ao chão não me agacho.
Mas enquanto o Juiz não apitar,
terminando o Jogo de uma vez,
lutarei aprendendo a tolerar.
Planaltina-DF, 20/08/2004
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