sexta-feira, 17 de agosto de 2012


O BILHETE II
(Vivaldo Bernardes)
Do bilhete que inda tenho escrito,
tirei cópias que ficam arquivadas
lá no fundo, lembrando o que foi dito,
bem na hora das flores orvalhadas.

Explicou-me que fora visitar
a parenta qu´a havia convidado,
mas voltou preparando o meu jantar
e demos tudo, tudo terminado.

São detalhes, relíquias, confidências,
qu´eu escrevo querendo ser fiel.
São os frutos da pura convivência.

“Me perdoe, gosto muito de você”,
o meu prêmio, o meu Prêmio Nobel,
foi-me entregue e assinado com um T.

Planaltina-DF, 16/07/2002

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