MEU
ÚLTIMO SONETO
(Vivaldo Bernardes)
Quisera fosse este o último
soneto
a me embalar o peito, a sufocar a
dor,
mas sinto a poesia igual ao
minueto,
cantando em coral, a me falar de
amor.
Desejo estancar os versos que eu
faço,
pois tudo já falei e nada mais me
resta.
mas estes meu sonetos a me
prenderem em laço
me dizem faltar outro até a morte
certa.
Assim o meu soneto é sempre o
penúltimo,
até chegue meu dia e eu pare de
cantar
e o verso que eu fizer que seja
mesmo o último.
Depois passo a sonhar co’os
versos que já fiz.
São mil os filhos meus, são mil a
recordar,
afora os por fazer, que o Tempo
não os quis.
Planaltina-DF, 29/08/2005
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