sexta-feira, 25 de maio de 2012


MEU ÚLTIMO SONETO
(Vivaldo Bernardes)
Quisera fosse este o último soneto
a me embalar o peito, a sufocar a dor,
mas sinto a poesia igual ao minueto,
cantando em coral, a me falar de amor.

Desejo estancar os versos que eu faço,
pois tudo já falei e nada mais me resta.
mas estes meu sonetos a me prenderem em laço
me dizem faltar outro até a morte certa.

Assim o meu soneto é sempre o penúltimo,
até chegue meu dia e eu pare de cantar
e o verso que eu fizer que seja mesmo o último.

Depois passo a sonhar co’os versos que já fiz.
São mil os filhos meus, são mil a recordar,
afora os por fazer, que o Tempo não os quis.
 
Planaltina-DF, 29/08/2005

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