quarta-feira, 2 de maio de 2012


AMARGURA
(Vivaldo Bernardes)
Acabas de quebrar o elo que restava
daquele nosso amor tão pleno de esperança,
que eu guardei no peito, e cá ele ficava,
pulsando acelerado e cheio de pujança.

Partiste para longe, em busca de aventura,
deixando-me sozinho, acabrunhado e triste,
morrendo de saudade, á beira da loucura,
doendo o coração que fundo tu feriste.

Eu vivo a vegetar... Sem ti não sei viver.
Se não voltares mais, meu fim será morrer,
sem ver-te algum dia, sequer por uma vez.

Escrevo-te estes versos, os últimos que faço,
a menos que tu voltes a ter o meu abraço,
chorando, arrependida, usando a sensatez.

Planaltina-DF, 06/12/2006

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