AMARGURA
(Vivaldo Bernardes)
Acabas de quebrar o elo que
restava
daquele nosso amor tão pleno de
esperança,
que eu guardei no peito, e cá ele
ficava,
pulsando acelerado e cheio de
pujança.
Partiste para longe, em busca de
aventura,
deixando-me sozinho, acabrunhado
e triste,
morrendo de saudade, á beira da
loucura,
doendo o coração que fundo tu
feriste.
Eu vivo a vegetar... Sem ti não
sei viver.
Se não voltares mais, meu fim
será morrer,
sem ver-te algum dia, sequer por
uma vez.
Escrevo-te estes versos, os
últimos que faço,
a menos que tu voltes a ter o meu
abraço,
chorando, arrependida, usando a
sensatez.
Planaltina-DF, 06/12/2006
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