terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

VOZES DA ALMA
(Vivaldo Bernardes)
Tal qual uma jangada em alto mar,
sem norte, sem farol e sem destino,
navega o corpo meu  já sem um lar,
pois veio a viuvez de inopino.

Corpo meu, os sorrisos que mostravas
não os trazes jamais assim no rosto,
morreram as boninas que amavas
e o sol dos teus dias já é um sol-posto.

Avança. meu amigo e companheiro,
tu'alma te ampara passo a passo.
Sê forte como é o jangadeiro!

E no fim do teu tempo que terminas,
afia teu esmeril de fino aço,
trabalhando os caminhos que colimas.

Planaltina-DF,14/02/2012

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